O cinema Alemão é certamente um dos pontos que podem despertar interesse em quem pretende passar uma temporada no país europeu. Os motivos vão bem além do audiovisual propriamente dito, envolvendo desde as técnicas aplicadas até a história da sétima arte na Alemanha.
Sabendo disso, portanto, nos aprofundaremos um pouco mais nesse tema nas próximas linhas, focando particularmente em seu teor histórico. Sigam-nos os bons!
A descoberta do cinema
Seguindo a mesma tendência observada na história da sétima arte em outras regiões do mundo, o cinema alemão teve influência da literatura.
O resultado disso foi o surgimento de obras complexas e de significado profundo. Um claro exemplo foi “O Estudante de Praga”, produzido ainda em 1913 e que se tornou um cult.
Posteriormente, o cinema se tornou mais popular, diante disso, muitos filmes dinamarqueses, francês e italianos foram exibidos ao público alemão.
O Expressionismo
Com o passar do tempo e o fim da Primeira Guerra Mundial, novas ideias passaram a povoar o mundo. No cinema alemão isso não foi diferente e deu origem à era conhecida como Expressionismo.
Nesse cenário havia grande apelo para a criatividade, com o claro objetivo de surpreender o público. A época acabou revelando ao mundo grandes talentos, como Robert Wiene, com “O Armário do Doutor Cagliari”.
O maior exemplo de qualidade desse período, porém, veio por meio da obra-prima até hoje conhecida em todo o mundo. Estamos falando naturalmente da adaptação de Drácula de Bram Stoker, o saudoso “Nosferatu“.
Cinema na era nazista
Passadas as primeiras eras do cinema, descobriu-se o poder da sétima arte em influenciar pessoas no âmbito político. Diante disso, o partido nazista resolveu tirar proveito de seu potencial.
Tão logo possível, o Ministério da Propaganda tomou conta das produções do país e tirou de cena os judeus. O resultado foi uma queda na criatividade e filmes com aspecto mais padronizado.
A era pós-guerra
Passadas as grandes guerras e as primeiras décadas de readaptação, o cinema alemão enfim voltou ao rumo da livre criatividade. Isso aconteceu por volta da década de 60 por meio de movimentos independentes, que buscavam renovação nos argumentos e fotografia.
Entre os destaques dessa época estão obras de Werner Herzog e Volker Schlöndorff. Este último, inclusive, conseguiu com O Rebelde e O Tambor (1979), vencer um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
O Cinema Alemão na atualidade
Seguindo sua evolução, o cinema alemão por volta dos anos 80 enfim deu os primeiros passos rumo ao sucesso comercial. Os primeiros exemplos vieram com O Submarino (1981) e Uma História que Nunca Termina (1984). As duas obras foram de Wolfgang Petersen.
Os anos se passaram e nos últimos anos muitas obras de renome ganharam destaque. O maior deles, talvez tenha sido A Onda (2008), de Dennis Gansel.
A influência do cinema na TV
Agora, seguindo a tendência mundial de criar obras televisivas com qualidade próxima à cinematográfica, além do cinema os alemães também têm produzido séries interessantes. Um claro exemplo disso é a série “Dark“, produzida para a Netflix.
Posicionada na vertente da ficção científica, a obra ganhou o mundo e se tornou um dos destaques do serviço de streaming. A primeira temporada foi lançada na plataforma em dezembro de 2017.
Para quem pretende conhecer um pouco da qualidade do audiovisual produzido na Alemanha, portanto, a obra é certamente um bom ponto de partida. O melhor de tudo é que está disponível no catálogo da Netflix para o público brasileiro. Fica a dica.