Ter um bichinho de estimação na Alemanha é tranquilo pois o país é muito receptivo, porém não é tão simples como no Brasil, onde muitas vezes basta adotar diretamente na rua quando são resgatados por abandono. Lá existem algumas regras previstas em lei a serem seguidas, tudo para o cuidado e segurança de todos os envolvidos.
Quais são as regras alemãs?
Assim como no Brasil, se você não é proprietário mas sim locatário de um imóvel, é muito importante que o dono ou a imobiliária sejam informados que você possui (ou pretende adotar) um animal, podendo correr o risco de levar multa ou ser despejado caso não seja aceito, principalmente se for em apartamentos. Isso vale para que haja respeito às regras de convivência, pois desde o barulho dos cães até algum receio de ter o imóvel danificado podem incomodar. Deve haver mais atenção quando os imóveis já são alugados mobiliados.
Os animais de estimação normalmente são cães, gatos, alguns pássaros e roedores (como o hamster), entre outros, bem parecido com o Brasil.
Curiosamente, existem regras diferentes para gatos e cães, que são os mais comuns. No caso dos felinos, devem ter microchip e carteira de vacinação em dia, basicamente. E como no Brasil, caso queira levá-lo para viajar fora do país, será necessário emitir o passaporte do animal.
Regras especiais para os cães
Já para cuidar de um cãozinho, existe um pouco mais de burocracia. Além do microchip, eles devem ser registrados na Prefeitura, o dono precisa obter um Hundeführerschein (é como uma “carteira de motorista”), o pagamento de um tributo específico (Hundesteuer), e manter um seguro específico para cobrir danos a terceiros.
Sobre o Hundeführerschein, é um certificado onde serão testadas as habilidades de obediência do cão em relação ao dono, como um teste de adestramento, a fim de que seja controlado no dia a dia e não coloque outras pessoas em risco, e pelo mesmo motivo possa circular no transporte público, estabelecimentos, parques, entre outros lugares. Você pode ter mais detalhes aqui. Mas já adiantamos que vai ser necessário passar por testes teóricos e práticos, para provar que o cãozinho reconhece os comandos!
O valor desse tributo varia de acordo com a localização, em torno de €100. Porém, se não andar com ele em dia, pode gerar uma multa! A partir de 15 semanas de vida o cachorro já pode começar o processo, então o ideal é que seja providenciado o quanto antes.
Como dito acima, há um valor anual específico para os cães, o Hundesteuer, que também varia de acordo com a cidade em que está e a quantidade de bichinhos.
Seguro contra danos e seguro saúde para pets
Há diferenças entre esses dois seguros, mas, reforçando, se você pretende cuidar de um cachorro, será necessário contratar o seguro contra danos a terceiros (pessoais e propriedades) – Hundehaftpflichtversicherung. Esse serve exclusivamente contra terceiros, não cobrindo doenças do animal ou ferimento a algum membro da própria família.
Já o seguro saúde para pets em geral (Tierkrankenversicherung) pode ser vantajoso para emergências veterinárias, algo que já encontramos também aqui no Brasil, que não possui muitos hospitais públicos.
No transporte
Na Alemanha encontramos com frequência maior do que no Brasil animais no transporte público, porém, novamente, existem algumas regras visando principalmente a segurança. Lá, é possível levar numa caixa transportadora adequada ou na coleira (essa segunda opção não é permitida aqui, exceto os cães guias). Se for um animal de médio/grande porte, pode ser necessário pagar uma tarifa reduzida em alguns lugares, sendo isento para os que vão na caixa ou os guias. Também pode ser exigido o uso de focinheira..
Por fim, se for transportá-los no carro, os pequenos devem ser levados também em caixa transportadora, e os de médio e grande porte devem estar atados a um cinto de segurança próprio para cães junto com um peitoral, para que em caso de acidente não haja tantos danos ao pet e ocupantes.